Ela estava bem ali, me olhando com olhos anestesiados com toda a confusão que existia dentro dela. Queria compartilhar um silencio, mostrar a alguém aquele silencio que ninguém tinha tempo para ouvir, ninguém tinha tempo para ouvir o que seu silencio tinha a dizer. Sua voz continua firma como nos tempos de infância, como nos tempo em que não havia sombra, apenas luz...
O fúnebre do seu coração zombava de seu sorriso, e ela estava bem ali, me olhando com desprezo por achar que sou feita com o imortal, plumas pretas pairando sob céu...
Um ser que se completa com a outra face, uma face alheia, foi roubada de um corpo estranho que não podia ver. Todo silencio do mundo me cala, me espera com uma única certeza, a que foi oculta.
Ela esta bem ali, usando brincos tão reluzentes quanto o sol, não precisava de um suéter para aquecer, era tudo fio. O frio que no outono esquenta quem chora, faz do tombo o mais lindo passo de dança...
Ela estava com uma felicidade simples no seu olhar frívolo, queria abraçar o mundo e acabou sendo sugada por ele, a transformação do gelo da-se de forma lenta, seu rosto branco não se vê mais olhando o espelho, só eu sei a diferença entre eu mesma e aquele meu reflexo, meus cacos ainda estão cortados, ha sangue por onde ando, a neve branca e gélida escurece com o avermelhado do que saí de mim, pensei em segurar suas mãos, só que você não deixou, preferiu seguir sozinha por não sei onde.
Não me encontro em canto algum, o s martírio s das minhas lembranças me faz suspirar de frio, não tem caminhos curtos.
Você me deixou naquela imensidão psicodélica que sonhamos juntos, desamparada, não vejo como te dizer o que ainda sinto...